A startup suíça apresentou o primeiro protótipo capaz de replicar movimentos humanos com precisão biológica.
O Protoclone V1 surpreende pela complexidade técnica: um esqueleto metálico coberto por 1.000 miofibras sintéticas — estruturas que reproduzem a contração muscular — e 500 sensores táteis distribuídos por toda a superfície. Esta rede permite:
- Reações a estímulos externos em 0,08 segundos
- Movimentos fluidos em 200 eixos de rotação
- Interação física segura através de revestimento acolchoado
Ao contrário de robôs tradicionais que usam motores, o sistema pneumático opera com um ruído inferior a 25 dB — equivalente ao sussurro humano. A ausência de metais pesados torna-o 40% mais leve que modelos concorrentes.
Um design que desafia a robótica tradicional
A abordagem biomimética da Clone Robotics redefine os paradigmas da engenharia robótica ao substituir componentes eletrónicos convencionais por sistemas biológicos artificiais. No cerne desta inovação está um mecanismo de termorregulação inspirado na fisiologia humana: uma rede de canais internos circula água através de microporos na superfície, replicando o processo natural de transpiração. Este sistema duplo serve tanto para arrefecimento contínuo dos componentes internos como para manutenção da integridade estrutural durante operações intensivas.
A arquitetura modular constitui outro pilar deste design revolucionário. Cada grupo muscular artificial funciona como unidade independente, permitindo substituições rápidas através de encaixes magnéticos. Esta solução técnica elimina a necessidade de desmontagem completa para reparações, reduzindo o tempo de manutenção em 70% comparado a modelos convencionais.
Quanto ao aspeto visual, a opção por uma face lisa sem traços antropomórficos gerou divisão de opiniões na comunidade técnica. Enquanto alguns especialistas consideram a ausência de características faciais perturbadora, outros elogiam a abordagem que evita o “vale da estranheza” — fenómeno psicológico onde humanoides quase realistas provocam repulsa. O design minimalista acentua a natureza artificial do protótipo, criando deliberadamente uma dicotomia entre a complexidade interna e a simplicidade externa.
Reações mistas e potencial de mercado
Um vídeo demonstrando capacidades físicas do Protoclone acumulou 2,8 milhões de visualizações em 8 horas. Críticos já destacaram vários desafios:
- Autonomia energética limitada a 45 minutos de operação contínua
- Dificuldade em replicar movimentos finos dos dedos
- Custo estimado de produção equivalente a 12 carros desportivos
Próximos passos na evolução robótica
A empresa prepara o lançamento de 279 unidades Alpha em 2025, destinadas a laboratórios de pesquisa e setor industrial. A versão comercial herdará:
- Sistema hidráulico para maior força física
- Algoritmos de aprendizagem motora adaptativa
- Sensores térmicos com precisão de 0,1 °C
O diretor técnico da startup revelou à imprensa: “Queremos que estes sistemas operem autonomamente em ambientes complexos – desde linhas de produção até cenários de emergência”.
Enquanto debates éticos sobre humanoides ganham força, o Protoclone estabelece novos padrões técnicos. Resta saber se esta tecnologia encontrará aplicações práticas além dos laboratórios de investigação.
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