O Gemini, o assistente inteligente com inteligência artificial da Google, está prestes a dar um passo importante: deixar de estar limitado aos smartphones Android e à web, e começar a chegar a uma série de outros dispositivos como relógios inteligentes, automóveis, auscultadores e tablets. A confirmação foi feita pelo próprio CEO da Google, Sundar Pichai, durante a apresentação dos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025.
Segundo Pichai, a empresa está a realizar uma atualização do Google Assistant para o Gemini nos dispositivos móveis, e essa transição será alargada ao longo do ano a outros equipamentos que se ligam ao telemóvel. Isso inclui não só os wearables e os acessórios de áudio, mas também o sistema Android Auto, utilizado em automóveis compatíveis.

Google reforça aposta no Gemini como assistente universal
Embora ainda não exista uma data concreta para o lançamento destas versões do Gemini, é provável que mais informações sejam reveladas já no próximo Google I/O, o evento anual da empresa dedicado a desenvolvedores e novas tecnologias, agendado para maio.
Esta expansão não surge de surpresa para quem tem acompanhado o desenvolvimento do Gemini. Desde o início do ano que foram descobertas pistas da sua integração com relógios Wear OS e, mais tarde, com o Android Auto. Em março, o site Android Authority chegou mesmo a ativar a funcionalidade “Gemini Live” durante uma análise a uma versão preliminar da aplicação para automóveis.
A capacidade multilingue do Gemini Live tem sido uma das funcionalidades mais elogiadas, permitindo ao assistente lidar com várias línguas de forma fluida e natural. A velocidade e a capacidade de resposta do sistema também têm sido destacadas em testes preliminares.
Transição poderá gerar resistência por parte de utilizadores do Assistant
Apesar das promessas de inovação, nem todos os utilizadores estão totalmente entusiasmados com a mudança. Muitos habituaram-se ao Google Assistant, especialmente pela sua integração com rotinas personalizadas e comandos específicos que, até agora, ainda não estão totalmente disponíveis no Gemini.
Esta mudança de paradigma coloca a Google numa encruzilhada: por um lado, quer avançar com uma nova geração de assistentes inteligentes, potenciados por modelos de linguagem avançados; por outro, precisa de assegurar uma transição suave para os milhões de utilizadores que dependem das funcionalidades já existentes.
Seja como for, a decisão da Google é clara: o Gemini vai ser o novo cérebro dos seus dispositivos inteligentes, e a empresa está a preparar-se para torná-lo omnipresente no ecossistema Android. A forma como esta mudança será recebida dependerá, em grande parte, da capacidade da Google em preservar o que funcionava bem no Assistant, ao mesmo tempo que oferece algo de verdadeiramente novo e útil.
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