O mercado de smartphones da China é o campo de batalha mais importante e mais renhido do mundo, e a luta pela sua liderança é uma questão de prestígio nacional e de poder global. Num novo e surpreendente desenvolvimento, a Apple conseguiu uma vitória simbólica massiva: ultrapassou a sua grande rival, a Huawei, no seu próprio terreno.
Os mais recentes dados da reputada empresa de análise de mercado IDC, relativos ao terceiro trimestre de 2025, mostram que a Apple, impulsionada pelo forte lançamento da sua nova série iPhone 17, conquistou o segundo lugar no pódio das vendas, empurrando a Huawei para a terceira posição. É uma reviravolta que demonstra a força da marca da maçã e a intensidade de uma competição que está mais acesa do que nunca.
Os números de um mercado ao rubro
O relatório da IDC revela um mercado extremamente competitivo, onde cada décima de percentagem conta. A fotografia do terceiro trimestre de 2025 na China é a seguinte:
- Vivo: Mantém-se na liderança, com 11,8 milhões de unidades vendidas e uma quota de 17,3%.
- Apple: Sobe para o segundo lugar, com 10,8 milhões de unidades e uma quota de 15,8%.
- Huawei: Desce para terceiro, muito perto, com 10,4 milhões de unidades e uma quota de 15,2%.
- Xiaomi: Ocupa o quarto lugar, com 10 milhões de unidades e uma quota de 14,7%.
- OPPO: Fica em quinto, com 9,9 milhões de unidades e uma quota de 14,5%.
- Honor: Fecha o top 6, com 9,8 milhões de unidades e uma quota de 14,4%.
O que estes números nos dizem é que a luta é brutalmente renhida. A diferença entre o segundo lugar (Apple) e o sexto (Honor) é de apenas 1,4 pontos percentuais, o que significa que qualquer pequeno deslize ou sucesso pode alterar completamente o pódio no próximo trimestre.

A “arma” da Apple: o sucesso do iPhone 17 e do iPhone Air
O grande destaque do relatório é, sem dúvida, o desempenho da Apple. Num trimestre em que a maioria das suas rivais chinesas (com exceção da OPPO) viu as suas vendas anuais diminuírem, a Apple foi uma das poucas a crescer (0,6% ano a ano).
O crédito, segundo os analistas, vai inteiramente para o sucesso da nova série iPhone 17. O seu design renovado, as suas funcionalidades inovadoras e, em particular, a introdução do muito elogiado modelo ultrafino, o iPhone Air, parecem ter ressoado fortemente junto dos consumidores chineses, que continuam a ver na Apple um símbolo de estatuto e de qualidade premium.
A resposta da Huawei: o contra-ataque do Mate 80 está a chegar
Para a Huawei, a descida para o terceiro lugar no seu mercado doméstico é, sem dúvida, um golpe simbólico. No entanto, a empresa está longe de estar derrotada. A diferença para a Apple é mínima (apenas 400.000 unidades) e é importante contextualizar o momento.
O terceiro trimestre (julho a setembro) corresponde precisamente ao período que antecede o grande lançamento anual da sua série de topos de gama, a linha Mate. Muitos dos seus clientes fiéis estavam, provavelmente, à espera dos novos modelos.
A expectativa é que a Huawei responda em força no quarto trimestre com a sua nova série Mate 80. Os rumores indicam que, para além de um novo e potente processador Kirin e de inovações na câmara, a Huawei está a preparar um “Mate 80 Air”, um modelo ultrafino desenhado para competir diretamente com o bem-sucedido iPhone Air.
Um mercado estagnado onde cada cliente conta
A emoldurar esta batalha de titãs está a realidade de um mercado de smartphones chinês que se encontra estagnado. No total, foram vendidos 68,4 milhões de unidades no trimestre, uma ligeira quebra de 0,6% em relação ao ano anterior.
Isto significa que as marcas já não estão a lutar por um bolo que está a crescer; estão a lutar ferozmente entre si para roubar fatias umas às outras. Cada cliente conquistado é um cliente perdido por um rival, o que torna vitórias como a da Apple neste trimestre ainda mais significativas. A batalha pelo domínio do maior mercado do mundo está longe de ter um vencedor, e o próximo trimestre, com o confronto direto entre o iPhone 17 e o novo Mate 80, promete ser épico.
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