TecheNet
  • Mobile
    • APPLE
    • APPS
    • GOOGLE
    • HUAWEI
    • ONEPLUS
    • SAMSUNG
    • XIAOMI
  • Tech
    • AUTOMÓVEIS
    • MOBILIDADE ELÉTRICA
    • IMAGEM & SOM
    • ENTREVISTAS
  • Gaming
  • IA
  • Opinião
  • Segurança
  • Negócios
    • EMPRESAS
    • CRIPTOMOEDAS
    • MARKETING
  • Mais
    • ARTE E CULTURA
    • DICAS
    • LIFESTYLE
    • DIREITOS COM CAUSA
    • INTERNET
    • GUIAS
    • PROMOÇÕES
    • REVIEWS
    • SUSTENTABILIDADE
    • TUTORIAIS
Sem resultados
Ver todos os resultados
TecheNet
Sem resultados
Ver todos os resultados

Ação humana triplicou os níveis de mercúrio na superfície dos oceanos

Luiz Guilherme Trevisan Gomes por Luiz Guilherme Trevisan Gomes
06/08/2014 - Atualizado a 20/08/2014
Em Ciência
O projeto geotraces coletou amostras de diferentes oceanos durante 8 anos para avaliar a presença de mercúrio e outras substâncias tóxicas na água. Crédito: brett longworth; instituto oceanográfico de woods hole
o projeto geotraces coletou amostras de diferentes oceanos durante 8 anos para avaliar a presença de mercúrio e outras substâncias tóxicas na água. Crédito: brett longworth; instituto oceanográfico de woods hole




O nível de mercúrio armazenado nas porções rasas dos oceanos triplicou desde o início da Revolução Industrial, de acordo com pesquisadores.

Em estudo publicado na Nature, os cientistas relatam as conclusões de um levantamento (parte do projeto GEOTRACES) realizado a partir de amostras de água de diferentes profundidades dos oceanos Atlântico e Pacífico, segundo as quais a atividade humana é a provável responsável pelo aumento da presença do mercúrio nos mesmos. [Leia também: Mapas revelam a concentração de poluentes no oceano].

Processos industriais, como a queima do carvão — combustível no qual o mercúrio está naturalmente contido — e a mineração do ouro em pequena escala — em que o mercúrio líquido é utilizado para separar o ouro dos demais minérios, posteriormente evaporando —, são fontes de emissão de mercúrio na atmosfera, de onde a chuva o retira, depositando-o nos oceanos. Na água, bactérias realizam uma reação química que transformam o mercúrio na neurotoxina metilmercúrio, capaz de se alojar na vida marinha de forma crescente, ou seja, sua concentração nos organismos cresce de acordo com sua posição na cadeia alimentar: quando mais alto (atuns, por exemplo), mais metilmercúrio contém.

Em razão disso, as pessoas são frequentemente expostas ao mercúrio quando se alimentam de frutos do mar, alega Carl Lamborg, líder do estudo e oceanógrafo do Instituto Oceanográfico de Woods Hole, em Massachusetts. De fato, a cidade litorânea de Minamata, no Japão, já sentiu os nefastos efeitos da contaminação humana por mercúrio quando, nos anos 1950, o peixe do qual os moradores se alimentaram foi contaminado pelo elemento tóxico despejado por uma indústria local. O episódio, no qual muitos moradores vieram a falecer devido aos efeitos neurológicos do mercúrio, deu nome a um tratado internacional de contenção da contaminação por mercúrio, firmado em 2013.

Comparações

As amostras de água obtidas revelaram que as águas não poluídas (tais como as que se situam a mais de 1.000 metros de profundidade no Oceano Pacífico) possuem uma proporção fixa entre mercúrio e fosfato, substância melhor avaliada por estudos prévios. A mesma proporção foi empregada como ponto de referência para a comparação com níveis de mercúrio de diversas profundidades em diferentes oceanos, tendo em vista que o fosfato também é absorvido pela vida marinha, e as águas abaixo de mil metros de profundidade não entraram em contato com a superfície dos oceanos desde a Revolução Industrial.

Atuns acumulam o mercúrio oceânico, já que se situam no topo da cadeia alimentar. O consumo de alimentos contaminados por mercúrio pode levar a má formação fetal e transtornos neurológicos. Crédito: pablo blazquez dominguez; getty images
atuns acumulam o mercúrio oceânico, já que se situam no topo da cadeia alimentar. O consumo de alimentos contaminados por mercúrio pode levar a má formação fetal e transtornos neurológicos. Crédito: pablo blazquez dominguez; getty images

Já a proporção de mercúrio efetivamente originada pela ação antropogênica, em contraste com mecanismos naturais de liberação de mercúrio (como a decomposição das rochas), foi mais difícil de calcular. A princípio, o dióxido de carbono (CO2) foi o parâmetro usado, uma vez que ambos são liberados na queima dos mesmos combustíveis fósseis e, portanto, a razão de geração humana de mercúrio e CO2 tende a ser representada uniformemente em camadas oceânicas de semelhante profundidade.

Os resultados indicam que, em águas com menos de 100 m de profundidade, a presença de mercúrio aumentou em um fator de 3,4 desde o começo da Revolução Industrial, ao passo que, em camadas intermediárias dos oceanos, os níveis de mercúrio aumentaram em 1,5 vez. (Os pontos mais críticos de contaminação estão ao redor dos países banhados pelo Atlântico Norte.)

Graças aos padrões de circulação, que levam a água fria e densa a se concentrar no fundo dos oceanos, o mercúrio que inicialmente é depositado pela chuva acaba sendo retirado da superfície, onde vivem proporcionalmente mais seres vivos. Isso acaba por reduzir a contaminação dos animais marinhos e, consequentemente, por diminuir também o risco no consumo humano de frutos do mar, embora Lamborg alerte para a possibilidade de que a capacidade de “sequestro” de mercúrio das águas profundas possa se esgotar, pois, segundo ele, podemos lançar, nos próximos 50 anos, o equivalente às emissões dos últimos 150 anos.

As descobertas ainda refutaram a hipótese de que a Corrida do Ouro americana, movimento socioeconômico ocorrido no Oeste dos Estados Unidos, no século XIX, tenha contribuído para uma presença maciça de mercúrio no oceano. Para Lamborg, o mercúrio à época produzido pela mineração deve ter se depositado no solo.

O pesquisador ainda se diz “otimista” em relação ao problema do mercúrio nos oceanos, pois este lhe parece “um pouco mais manejável”. “Isto é causa de otimismo e deve nos deixar empolgados para fazer algo a respeito, porque podemos realmente ter um impacto”, completa.

Make-it-clear-brasilMake It Clear Brasil

Um apoio ao livre pensamento e a um entendimento do mundo baseado em evidências

Tags: águaoceanoquímica
PartilhaTweetEnvia
Luiz Guilherme Trevisan Gomes

Luiz Guilherme Trevisan Gomes

é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e trabalha como consultor financeiro na Valore Brasil - Controladoria de Resultados. Atualmente, cursa o MBA em Controladoria e Finanças na Universidade de São Paulo (USP). Entusiasta da razão e da ciência, fundou o espaço de divulgação científica Make It Clear Brasil, em 2013.

Artigos relacionados

Telescópio hubble capta "tempestade" de novas estrelas na galáxia ngc 1792
Espaço

Telescópio Hubble capta “tempestade” de novas estrelas na galáxia NGC 1792

08/12/2025
Ariane 6
Espaço

Lançamento crucial: foguetão europeu Ariane 6 coloca satélite de observação em órbita

05/11/2025
Spacex lança mais 28 satélites starlink
Espaço

Starship tem um voo de sucesso, mas a corrida à Lua está tremida

14/10/2025
Voo de teste da starship
Espaço

À quarta foi de vez: Starship da SpaceX completa missão histórica

27/08/2025
Terapias de próxima geração para as tses: alvejando o caminho dos priões com tecnologia
Ciência

Terapias de Próxima Geração para as TSEs: Alvejando o Caminho dos Priões com Tecnologia

26/06/2025
Starship 39 - spacex
Espaço

Explosão da Starship 36 da SpaceX durante teste abala planos para próximo voo

19/06/2025

Comentários

Últimas notícias

Samson (2)

SAMSON: o novo jogo do criador de ‘Just Cause’ custa 25 dólares e chega em 2026

19/12/2025
Horizon zero dawn - tencent

Sony vence: clone de ‘Horizon’ é removido das lojas após acordo com a Tencent

19/12/2025
Gemini já consegue identificar vídeos criados por ia

Gemini já consegue identificar vídeos criados por IA

19/12/2025
QNAP

Oppo Reno 15 Pro Mini: o primeiro compacto da série Reno está a caminho

Conheça o Rakuten AI 3.0, maior modelo de IA do Japão

Hogwarts Legacy quebra barreira dos 40 milhões: a magia não tem fim

Natal 2025: Portugueses são os mais stressados da Europa

Rivian lança chave digital para Android: o teu Galaxy agora abre o carro

Samsung estreia nova linha de TVs Micro RGB na CES 2026

iOS 26.2 no Japão: Apple forçada a abrir App Store e pagamentos

Polestar Portugal fecha 2025 com o melhor ano de sempre

Kimwolf: a nova ameaça que transformou 1,8 milhões de TVs em ‘zombies’

Google Pixel 10 recebe o ‘turbo’ gráfico prometido na nova Beta do Android 16

OnePlus Watch Lite: ecrã de 3000 nits e bateria para 10 dias por 159€

Toyota Urban Cruiser EV: o novo SUV elétrico de entrada por 32.000€

Bose Desert Gold: a coleção de luxo para ouvidos exigentes neste Natal

DZOFILM Arles 18mm T1.4: a nova grande angular de cinema que foca a 29 cm

Honor Win e Win RT: data marcada para os novos smartphones de e-sports

Estreia de “Avatar 3” usada como isco para roubo de dados pessoais e bancários

YouTube rouba os Óscares à TV: cerimónia será exclusiva do streaming a partir de 2029

Techenet LOGO
  • Quem somos
  • Fale connosco, envie a sua pergunta aqui
  • Termos e condições
  • Política de comentários
  • Política de Privacidade
  • Política de Cookies
Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Mobile
    • APPLE
    • APPS
    • GOOGLE
    • HUAWEI
    • ONEPLUS
    • SAMSUNG
    • XIAOMI
  • Tech
    • AUTOMÓVEIS
    • MOBILIDADE ELÉTRICA
    • IMAGEM & SOM
    • ENTREVISTAS
  • Gaming
  • IA
  • Opinião
  • Segurança
  • Negócios
    • EMPRESAS
    • CRIPTOMOEDAS
    • MARKETING
  • Mais
    • ARTE E CULTURA
    • DICAS
    • LIFESTYLE
    • DIREITOS COM CAUSA
    • INTERNET
    • GUIAS
    • PROMOÇÕES
    • REVIEWS
    • SUSTENTABILIDADE
    • TUTORIAIS

© 2025 JNews - Premium WordPress news & magazine theme by Jegtheme.