Ah e tal, shooters na terceira pessoa não dão a mesma sensação de imersão do que os na primeira pessoa. Andar aos tiros com tinta? Que parvoíce, e coiso. Pois. Provavelmente, comentários de quem nunca experimentou a nova sensação da Nintendo, Splatoon – foi lançado recentemente para a Wii U e de acordo com os valores internos da Nintendo, já vendeu um milhão (!) de cópias em todo o mundo. Este número inclui mais de 230 mil exemplares físicos e digitais vendidos na Europa, mais de 368 mil no Japão, mais de 476 mil nas Américas e, finalmente, 20 mil na Austrália.
Estes números vêm mesmo a calhar, depois duma conferência digital da Nintendo que deixou bastante a desejar, muito porque aconteceu numa das E3 mais povoada de novidades de sempre. Claro que têm de ser sempre vistos na óptica da experiência da empresa na criação de novas IP’s no género dos shooters, só assim o número se demonstra um verdadeiro sucesso do conceito por detrás dum mega jogo de paintball.
A verdade é que este jogo, ao bom jeito familiar e despretensioso da Nintendo, veio cruzar aquilo que, há três anos, seria impensável: um TPS online sem decorrer numa guerra futurista, do passado e, mais importante – sem ter nenhuma Chamada para o Serviço, um Campo de Batalha ou um Castelo em Wolfenstein (sim, são referências aportuguesadas e sim, é uma tentativa frustrada de fazer humor).
Mais do que isso, o sucesso verifica-se e demonstra mais uma vez que, mais do que o ambiente ultra-realista e Hollywoodesco, conta a qualidade da jogabilidade, a beleza estética dos artistas envolvidos, a simplicidade dentro do caminho para a mestria em Splatoon.
Em resumo: Tirem notas, Activision e EA – às vezes, ligar o descomplicómetro resulta.
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