A China aproveitou a vitrine mundial para exibir sua tecnologia e reduzir o contágio por Covid-19 durante a as Olimpíadas de Inverno.
As Olimpíadas de Inverno de Pequim terminaram no dia 20 de fevereiro, e o receio de testar positivo para a Covid-19 foi uma preocupação dos profissionais, das equipes e dos atletas, que treinaram muito nos últimos anos e poderiam ver a oportunidade de mostrar o resultado dessa dedicação escapar pelas mãos. Para tentar contornar o contato físico durante a competição, a organização das Olimpíadas ofereceu um restaurante, exclusivo para jornalistas, com garçons robôs.
É comida que cai do céu que fala, não é? Brincadeiras à parte, os garçons robôs da China transportam a comida pelo teto do restaurante; de lá, o pedido desce até a mesa do cliente. Além dos robôs garçons, alguns outros também foram dispostos na cozinha do restaurante, no preparo de hambúrgueres, por exemplo. Inclusive, os jornalistas não precisaram se preocupar com o sabor da refeição, já que a organização do evento garantiu que robôs são até mais eficientes do que nós no preparo de alimentos.
Para além da cozinha das Olimpíadas
A novidade de usar robôs em Olimpíadas não é um mérito de Pequim. Em 2020, Tóquio já mostrou que de tecnologia o Japão também dá aula, e utilizou seus robôs trabalhadores nas provas de atletismo. A tarefa dos carros robôs autônomos era buscar dardos, lanças e martelos. O robô, que se assemelha muito a um carro de brinquedo, consegue alcançar uma velocidade máxima de 20 km/h, equipado com três câmeras e um sensor de direção.
Nas provas de arremesso, por meio da sua inteligência artificial, o carro robô consegue calcular o trajeto mais rápido para buscar os objetos arremessados pelos atletas. Ao chegar no local onde o projétil está localizado, a máquina precisa da ajuda de um humano, para fixar o material nele e apertar um botão que o leva de volta ao atleta.
Os robôs resolveram também uma dificuldade antiga das provas de atletismo: a largada. Quando é feita com as pistolas convencionais, prejudica os corredores de raias mais distantes, que escutam o disparo com certo delay. Com a inteligência artificial, as largadas foram sinalizadas por uma pistola eletrônica, conectada a alto-falantes, fixados atrás dos atletas. A tecnologia também está na chegada, com câmeras que gravam até 10 mil imagens por segundo e garantem mais segurança na análise do campeão.
Vale a pena ver de novo
Se a gente voltar mais um pouquinho no tempo, vai lembrar que em 2018 a Coreia do Sul também mostrou sua afinidade com todo esse universo da tecnologia. Durante a competição, para ajudar os turistas, foram disponibilizados 85 robôs. Além disso, quem carregou a tocha olímpica também foi o humanoide HUBO – o país já abriu os trabalhos fazendo história.
O evento contou com 11 modelos de robôs diferentes, todos desenvolvidos pelo Korea Advanced Institute of Science and Technology. Alguns robôs foram programados para fazer pinturas em paredes, outros para dar orientações a turistas, fazer entregas, guias de aeroporto, além dos tradutores.
Ainda teve o robô Troika, que possui reconhecimento de voz e responde a perguntas quando chamado pelo nome – um primo da Siri, da Apple. Ele possui uma tela, onde são mostradas informações do voo e um mapa do aeroporto. Uma mão na roda para quem tem medo de chegar em países sem dominar a língua local.
Manutenção
É claro que o uso de robôs requer uma manutenção adequada para que o sistema realmente funcione. O automatismo não funciona sozinho, sem o auxílio do homem, tanto no processo de programação, como na manutenção. Profissionais estão sempre atentos, com ferramentas elétricas em mãos, para que nenhum defeito atrapalhe a grande celebração do esporte mundial.
Grandes eventos como esses são sempre excelentes oportunidades para que o país-sede possa mostrar todo seu potencial no que tem de melhor. Os gigantes da tecnologia não fazem diferente, e aproveitam a vitrine mundial para mostrar do que são capazes. Não é à toa que os robôs garçons irão servir em Pequim a imprensa de todo o planeta.
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