Depois do primeiro dia de descanso, o pelotão do Giro d’Itália volta à estrada. A segunda semana é marcada pela aparição das primeiras etapas de alta montanha.
E se a primeira semana com dois contrarrelógios não levou a diferenças significativas nos primeiros da geral, a segunda semana promete um teste sério aos trepadores e a todo o pelotão, com os ciclistas a passarem a Grand San Bernardo que, com os seus 2649 metros de altitude é o ponto mais alto desta edição do Giro d’Itália.
Depois da desistência de Remco Evenepoel, Geraint Thomas lidera agora a Volta a Itália, com uma vantagem de 2 segundos sobre Primoz Roglic, 5 segundos sobre Tao Geoghegan Hart e 22 segundos sobre João Almeida.
A segunda semana do Giro d’Itália
Esta segunda semana é de transição, com uma chegada em alto e mais oportunidades para os sprinters brilharem. A maior ou menor dificuldade das etapas terá muito a ver com as condições meteorológicas que o pelotão vai enfrentar nas estradas.
10ª etapa (hoje) 196 km: Scandiano – Viareggio
Com os seus 196 quilómetros, tem a principal dificuldade no Passo del Radici, uma contagem de montanha de 2ª categoria, longa, mas suave. Apesar de ser contabilizada como de 4ª categoria, a subida ao Monteperpoli (2,6 km a 8%) é mais exigente, mas como está a 75 quilómetros da meta, não deverá ser ameaça para os sprinters, que terão tempo para recuperar até à meta.
11ª etapa (amanhã) 219 km: Camaiore – Tortona
A mais longa etapa do Giro d’Itália de etapas longas, esta 11ª etapa tem 3 contagens de montanha, mas nenhuma de especial dificuldade. É mais uma etapa ao jeito dos sprinters.
12ª etapa (quinta-feira) 179 km: Bra – Rivoli
Esta quinta-feira promete ser nervosa dentro do pelotão, a não ser que seja dado o ok a uma fuga após a contagem de 3ª categoria que aparece logo nos primeiros quilómetros. E isto porque o Colle Braida está a apenas 27 km do final. A subida mede um total de 9,8 km a 7,1%, mas os últimos 4 quilómetros têm uma pendente constante de 8-9%.
13ª etapa (sexta-feira) 207 km: Borgofranco d’Ivrea – Crans Montana
Aí está a primeira alta montanha! Aí está a mais alta montanha a ser escalada pelo pelotão, a Cima Copi do Giro d’Itália. Com os seus 2469 metros de altitude, a Grand San Bernardo é uma interminável subida de 34 quilómetros com uma pendente média de 5,5%.
Esta é a primeira etapa em que os candidatos a primeiros da geral não se vão poder esconder, porque logo a seguir ao Grand San Bernardo vem o Croix de Coeur (15,4 km a 8,8%) e a subida para a meta em Crans-Montana (13,1 km a 7,2%). Espetáculo garantido.
14ª etapa (sábado) 193 km: Sierre – Cassano Magnago
Esta será uma etapa para descansar. De regresso a Itália, os ciclistas apenas teem de ultrapassar o Passo Simplon, a 56 quilómetros da partida, uma contagem de primeira de 20,2 km a 6,5% e uma descida igualmente longa. Depois, é terreno plano durante perto de 100 quilómetros.
15ª etapa (domingo) 195 km: Seregno – Bergamo
O domingo é sempre dia grande nas principais provas do calendário, e o Giro d’Itália não é exceção. O 15º dia de competição traz-nos um sobe e desce constante e uma chegada com os últimos quilómetros a fazerem-se em estrada de paralelo com inclinações de 10 por cento.
Outros artigos interessantes: