A SEGA enfrenta uma situação laboral delicada após anunciar a intenção de despedir cerca de 40% dos seus trabalhadores sindicalizados, maioritariamente empregados temporários, mas fundamentais nas áreas de qualidade e localização de jogos.
Estas áreas são vitais para o sucesso da empresa, conhecida por séries icónicas como Sonic the Hedgehog e Yakuza.
Sindicalização e a resposta da SEGA
Em abril, aproximadamente 200 funcionários de diferentes departamentos da SEGA votaram pela sindicalização, criando a AEGIS-CWA sob a alçada da Communications Workers of America (CWA). Desde setembro, a CWA tem negociado com a SEGA, que propôs em novembro a eliminação de todos os postos temporários. A intenção é transferir estas funções para os escritórios da empresa na Europa e Japão até fevereiro de 2024.
A maneira como a SEGA comunicou estas mudanças está a gerar polémica. Os trabalhadores afetados foram informados sobre os despedimentos em reuniões obrigatórias, imediatamente após uma reunião com a CWA.
Esta estratégia é considerada uma negociação de má-fé, pois a empresa abordou diretamente os membros do sindicato, violando o procedimento habitual e informando-os da perda dos seus postos de trabalho.
Reação e implicações legais
Elise Willacker, Senior QA Tester Temp na SEGA, afirmou categoricamente que a empresa deve enfrentar consequências legais por este comportamento. Ela exige que a SEGA torne permanentes todos os empregados temporários e retome as negociações de forma honesta e justa.
A queixa submetida pela organização está agora nas mãos do National Labor Relations Board. Embora a resolução do caso possa demorar, não há garantias de que os despedimentos sejam evitados.
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