A SpaceX continua a expandir a sua constelação de satélites Starlink através de dois lançamentos efetuados num intervalo de pouco mais de seis horas. Estas missões demonstram o ritmo acelerado da empresa na construção da sua rede global de internet.
O segundo destes lançamentos ocorreu na madrugada de sábado, 10 de maio de 2025, a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Um foguetão Falcon 9 transportou mais um lote de satélites Starlink para a órbita terrestre baixa, consolidando a posição da Starlink como a maior constelação de satélites existente.

Detalhes da missão Starlink 6-91
A missão designada Starlink 6-91 partiu do Complexo de Lançamento Espacial 40 (SLC-40) às 2:28 da manhã, hora local (06:28 GMT), transportando 28 satélites Starlink V2 Mini Optimized.
Este lançamento representou o 250º voo de um Falcon 9 a partir desta plataforma específica em Cabo Canaveral. As condições meteorológicas apresentavam alguma incerteza, com uma previsão de 55% de tempo favorável devido à passagem de sistemas de tempestade pela Flórida Central.
Aproximadamente oito minutos após a descolagem, o primeiro estágio do foguetão Falcon 9, identificado como B1083, regressou à Terra para uma aterragem bem-sucedida na plataforma autónoma “A Shortfall of Gravitas”, posicionada no Oceano Atlântico.
Este propulsor completou assim o seu 11º voo, tendo participado anteriormente em missões como a Crew-8 e o lançamento do segundo módulo lunar Nova-C da Intuitive Machines.
Esta foi a 108ª aterragem bem-sucedida nesta plataforma e a 444ª recuperação de um propulsor pela SpaceX até à data. A libertação dos satélites em órbita terrestre baixa estava prevista para 65 minutos após o lançamento.
Expansão contínua da rede de satélites Starlink
Com este lançamento, a SpaceX ultrapassou a marca dos 900 satélites Starlink enviados para órbita apenas em 2025. A constelação Starlink conta atualmente com mais de 7.400 satélites em órbita, com o objetivo de fornecer acesso à internet de alta velocidade a nível global, incluindo regiões remotas e mal servidas por infraestruturas terrestres.
A missão de hoje, sábado 10 de maio de 2025, foi o 55º lançamento de um Falcon 9 no ano de 2025, sendo que 38 dessas missões foram dedicadas à expansão da rede Starlink.
Os satélites Starlink operam em órbita terrestre baixa, a cerca de 550 quilómetros de altitude, o que permite menores latências em comparação com satélites geoestacionários tradicionais. Embora o projeto vise conectar regiões carentes, surgem preocupações relativas ao aumento do número de satélites, incluindo questões sobre detritos espaciais e o risco de colisões. Cada satélite Starlink tem uma vida útil estimada em aproximadamente cinco anos.
A SpaceX continua a demonstrar uma cadência de lançamentos elevada para o projeto Starlink. A recuperação e reutilização dos propulsores Falcon 9 são elementos centrais na estratégia da empresa para otimizar custos e aumentar a frequência das missões, como evidenciado pelo sucesso da missão Starlink 6-91 e a rápida sucessão de lançamentos.
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