Até os discos SSD se tornarem acessíveis ao nível do preço, os discos híbridos que combinam a tradicional tecnologia de discos rígidos com a memória SSD são um bom compromisso entre espaço em disco e boas velocidades de leituras / escritas. Ao criar o disco híbrido mais fino do mundo A*STAR contribui para tornar os dispositivos móveis mais finos, leves e com uma maior eficiência energética.
O Data Storage Institute (DSI) unidade de investigação pertencente à Agência para ciência, tecnologia e investigação de Singapura (A*STAR), criou o “A-Drive” um disco híbrido com um “form factor” de 2,5 polegadas e uma espessura de apenas 5 mm. Trata-se do disco mais fino do mundo na sua classe.
Produzido para comemorar 20 anos da DSI dedicados à investigação em armazenamento de dados, o A-Drive surge como uma tecnologia bastante útil ao ponto de atrair interessados. A empresa de Singapura quer aproveitar esse mesmo interesse para atrair parceiros que desejem produzir em massa esta nova geração de discos. Quando isso acontecer os seus criadores afirma que este disco será mais barato do que a oferta actual de discos SSDs encontrados em ultrabooks, oferecendo os mesmos recursos de instant-on, mas com uma maior capacidade de armazenamento semelhante ao que encontramos em discos rígidos tradicionais.
A componente de disco duro da A-Drive é projectada para suportar capacidades até 1 TB, enquanto o SSD acrescenta um espaço adicional de 32 GB de armazenamento. A DSI refere que a espessura de 5 mm do dispositivo é destinado para utilização não só em ultrabooks, mas também em tablets. O A-Drive poderá também ser destinado a datacenters e aplicações de armazenamento empresarial, onde os seus criadores afirma que pode ajudar a optimizar o espaço numa rack limitada e reduzir o consumo de energia até 50 por cento.
O consumo reduzido de energia é conseguido um motor axial proprietário desenvolvido por investigadores da DSI, que não só permite a redução do tamanho da unidade mas também o torna mais silencioso, menos agressivo nas leituras escritas e mais eficiente, resultando em economia de energia que pode ir até os 70 por cento.
Existem grandes oportunidades por explorar nesta tecnologia. Em primeiro lugar a economia de energia e o preço poderá apelar aos fabricantes de tablets de modo a reduzir o preço entre modelos com maior capacidade. Hoje em dia a diferença entre um modelo de um tablet com 16 GB e outro com 32 GB é o suficiente para inflacionar dependendo os fabricantes em cerca de mais 100 euros o preço final. Com esta tecnologia os fabricantes poderiam oferecer apenas metade do espaço máximo que suporta (500 GB) e mesmo assim seria uma evolução quase 10 vezes superior ao armazenamento actual. Seria aliás um grande passo para tornar ainda mais os tablets os nossos novos PCs.
No campo dos ultrabooks as vantagens também são óbvias. Por exemplo a Apple com esta tecnologia poderia tornar o seu Macbook Pro ainda mais fino e oferecer praticamente o mesmo espaço de armazenamento e provavelmente poder beneficiar de um aumento significativo na performance de leituras e escritas. A julgar pelo potencial desta inovação, estamos convencidos que não irá tardar até à A*STAR/DSI arranjar um parceiro para comercializar o A-Drive. Via DSI
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