A Nokia ajudou em tempos a definir a forma como comunicamos e teve um prapel preponderante na massificação dos telemóveis. Contudo, tem deixado nos últimos anos partir alguns dos seus mais criativos engenheiros que formaram empresas como a Rovio (criadora do Angry birds), Jolla (criadora do sistema operativo Sailfish) e agora segue-se a Adaia. Mas o que nos propõe trazer esta jovem empresa?
A Adaia é mais uma empresa que nasce de “layoffs” de engenheiros da Nokia. Enquanto o gigante finlandês parece estar a desmoronar-se, ao mesmo tempo está a criar um conjunto de empresas que parecem poder dinamizar a economia do país e possivelmente da Europa.
A startup de 16 pessoas Adaia que é liderada pelo ex-funcionário da Nokia – Heikki Sarajärvi , revelou que planeia lançar uma série de dispositivos Android de alta gama já a partir de 2014 em países como EUA, Reino Unido e na Finlândia. Alegadamente a jovem empresa vai querer construir um smartphone com materiais de alta robustez e durabilidade e ao mesmo tempo oferecer especificações competitivas com os melhores como o HTC One e o Samsung Galaxy S4. E para competir no campo das funcionalidades a empresa vai adoptar o Android.
Heikki refere para justificar a adopção do Android com o facto de “não haver uma alternativa”. Como é óbvio Stephen Elop discorda fortemente mas isso não tem valido de muito à Nokia que parece ainda depender dos dispositivos de média / baixa gama para sobreviver.
Embora não existam para já datas concretas para a chegada ao mercado dos smartphones da Adaia, o site Digitoday teve a possibilidade de experimentar um protótipo. E para já as primeiras impressões fazem prever que de facto vamos ter mais um competidor com equipamentos interessantes no mercado. O alegado protótipo tem um ecrã/tela de 4.8 polegadas e possui uma capacidade inovadora de hot-swap de baterias. Isto significa que pode trocar de bateria sem ter de desligar o smartphone
Contudo os protótipos parecem estar ainda numa fase muito inicial. Até porque segundo o Digitoday, o peso actual do telefone está muito longe do ideal, sendo estimado que chegue numa versão final até às 250 gramas, ou seja 60 gramas mais pesado que o Lumia 920 da Nokia. Como é natural existem dúvidas se um mercado extremamente competitivo (e há quem diga saturado devido às margens de lucro agressivas dos grandes fabricantes) conseguirá acolher esta nova empresa.
Contudo um pormenor convém aqui salientar. Quando saiu o iPhone, a Nokia tinha património intelectual mais do que suficiente para se tornar competitiva com a Apple. Veja-se aliás o caso da Google que entrou praticamente um ano neste mercado depois da Apple com menos experiência no mercado. Actualmente a Google compete de forma agressiva com a Apple e arrecada receitas absolutamente incríveis só de publicidade.
Mas talvez a partida de recursos humanos qualificados da Nokia, tenha de facto permitido assegurar o legado de uma empresa que está cada vez mais em apuros e em graves riscos de não sobreviver. Afinal se tal não acontecesse será que hoje teríamos o Angry birds?
Fonte: Digitoday
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