A primeira versão cinematográfica do clássico de Mary Shelley, “Frankenstein or the Modern Prometheu”, data de 1910 e foi um dos filmes de Thomas Edison. A partir daí sucederam-se os filmes baseados na história do cientista que desafiou as origens da vida e ultrapassou os limites da morte, pagando por isso um preço demasiado elevado.
Nos EUA, no dia 25 de Novembro estreia mais uma versão cinematográfica de “Frankenstein”, o clássico de terror gótico de Mary Shelley, de 1831.
A versão de 1994, “Mary Shelley’s Frankenstein”, sob direcção de Kenneth Branagh, tendo no elenco o próprio Branagh, Robert de Niro, Tom Hulce, Helena Bonham Carter, Aidan Quinn, parece-nos a versão moderna mais fiável ao livro, com a mesma poesia. Sim, porque há quem veja a trágica invenção do Dr. Frankenstein como um discurso poético: o desafiar das normas e crenças religiosas, o medo perante a grandiosidade épica que é a vida, a marginalização social de um ser feito à imagem do humano mas diferente… em suma, como diriam os nossos Ornatos Violeta, estamos perante um “monstro que precisa de amigos”, como qualquer um de nós! Por não ter sido dotado de educação, de sentido de moral, conseguia ter a ingenuidade de não distinguir o bem do mal. Isso foi culpa de quem o criou que só pensou em anatomia! Infelizmente para as suas vítimas mas felizmente para o interesse da narrativa, enveredou pelo mal, numa versão assustadoramente pura…
Praticamente, existe uma versão cinematográfica para cada geração, e até há uma versão da Marvel e outra da DC Comics. Começamos por ver no cinema a do nosso tempo e depois vamos às origens: ao livro, aos filmes mudos e a preto e branco. A partir daí, sabemos o que nos espera, não sabemos é se consegue estar ao nível das versões anteriores ou superá-las.
Para já, sabemos que o filme “Victor Frankenstein”, a estrear este ano, conta com a participação dos populares actores Daniel Radcliffe, mais conhecido pelo pequeno “Harry Potter” e por James MacAvoy, recentemente “Prof. Xavier”, nos X-Men.
No trailer do filme não se consegue ver nada de muito novo, a não ser caras novas e algum sentido de humor nos diálogos, no entanto, quanto mais não seja para recordar o clássico e iniciar os mais novos nas personagens criadas por Mary Shelley, vale a pena alimentar a expectativa.
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