Em países como o Paquistão, a Índia ou o Bangladesh, são muito poucos os que têm posses para andar de táxi ou recorrer a serviços como a Uber e a maioria das pessoas deslocam-se de tuktuk nas cidades. Mas um empreendedor paquistanês pegou na ideia de negócio da Uber e adaptou-a à realidade local.
No Paquistão, o serviço chama-se Rixi e não necessita de nenhuma app, smartphone ou acesso à internet para colocar clientes e fornecedores em contacto. O Rixi utiliza telefones de baixa tecnologia e o serviço é pedido por SMS.
Este é um caso de sucesso de adaptação de uma ideia de serviço tecnológico para uma sociedade que não está preparada para um boom tecnológico. No Paquistão, existem 130 milhões de contratos para telemóveis, mas apenas 21 por cento tem acesso a dados.
De acordo com a Reuters, o Rixi tem mil condutores de tuktuk (que no Paquistão e Índia são chamados riquexó, daí o nome do serviço) só na cidade de Lahore, a segunda do país. Com uma rede tecnológica frágil, o serviço utiliza as torres de comunicações para localizar passageiros e envia o pedido ao condutor de tuktuk mais próximo, utilizando a triangulação das torres de telecomunicações e o Google Maps.
É evidente que baseando-se em tal tecnologia, a localização do tuktuk e do passageiro não é a melhor e nem sempre se consegue os 15 minutos de tempo máximo de espera anunciados. Talvez por isso, o Rixi seja utilizado para apenas 100 viagens por dia nas mais de 200.000 que são efetuadas diariamente em Lahore.
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