Um protótipo do futuro iPad Pro dobrável da Apple esconde o sistema Face ID sob o ecrã, segundo revelações do leaker Digital Chat Station na rede social chinesa Weibo. A solução elimina entalhes ou cortes visíveis, integrando sensores biométricos diretamente no painel dobrável de 18,8″ polegadas.
O design utiliza uma estrutura metálica especial que aloja componentes de reconhecimento facial sem prejudicar a experiência visual. Esta abordagem contrasta com os atuais iPhones, que dependem de um recorte no ecrã para o Face ID. Além disso:
- A Apple está a trabalhar com painéis OLED para garantir cores vibrantes e contrastes elevados
- A meta é oferecer um ecrã sem rugosidades visíveis na dobra, problema ainda comum em rivais Android

Aposta em ecrãs maiores redefine portabilidade
A estratégia da Apple aponta para dispositivos híbridos que combinam portabilidade com funcionalidade expandida. A DSCC prevê o lançamento deste iPad Pro dobrável em 2027, enquanto analistas como Ming-Chi Kuo sugerem que a LG iniciará produção em massa de ecrãs para um MacBook dobrável de 20,2″ polegadas já em 2025.
O The Wall Street Journal acrescenta que a empresa explora um conceito semelhante a um portátil, que se desdobra para 19 polegadas. Mark Gurman, da Bloomberg, destaca que os engenheiros da marca estão concentrados em minimizar a dobra central — desafio técnico onde a Samsung e outras ainda enfrentam críticas.
Para além do iPad, a Apple planeia um iPhone de estilo “livro” com dupla dobragem, previsto para 2026. Contudo, este modelo mais compacto deverá substituir o Face ID por um sensor Touch ID integrado no botão lateral, seguindo o exemplo do iPad Air atual.

Desafios técnicos e pressão competitiva
A corrida pelos ecrãs dobráveis intensifica-se enquanto a Apple tenta evitar erros de concorrentes como:
- Durabilidade limitada após múltiplas dobragens
- Distorção de imagem na zona de flexão
- Espessura aumentada que compromete a ergonomia
Fontes da cadeia de fornecedores asiáticos indicam que a empresa quer garantir pelo menos 1 milhão de ciclos de dobragem antes de avançar para produção. O objetivo é ultrapassar os padrões atuais do setor, que variam entre 200 mil e 400 mil ciclos.
Estratégia cautelosa com prazos ambiciosos
Embora os rumores apontem para 2027 como data provável de lançamento, analistas alertam que atrasos são possíveis. A Apple tende a adiar lançamentos até que a tecnologia atinja padrões elevados de fiabilidade — como aconteceu com o Vision Pro, revelado em protótipos desde 2015, mas só comercializado em 2024.
Este projeto reforça a aposta da marca em formatos inovadores, equilibrando ambição tecnológica com a reputação de produtos premium. Enquanto isso, utilizadores aguardam para ver como a empresa integrará macOS ou iPadOS num ecrã expansível, potencialmente criando uma nova categoria de dispositivos.
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