A Polícia Judiciária e o Ministério público estão a desenvolver uma série de buscas em vários pontos do país na sequência de ataques a sites do Estado. Até ao momento foram já constituídos 16 arguidos.
Nome de código: Caretos 2. Objetivo: operação de combate à criminalidade informática e tecnológica. A Pj desencadeou esta manhã buscas em vários pontos do país a 16 residências para acabar com uma rede que efetuava ataques a sites do Estado.
A operação surge na sequência dos ataques aos sites do Parlamento, do Citius, do Supremo Tribunal de Justiça e da própria Polícia Judiciária que ocorreram no dia 25 de Abril. De acordo com o comunicado da PJ, foram cometidos “crimes de sabotagem informática (“DDoS”), de dano informático (“defacing”), de acesso ilegítimo (“hacking”) e de acesso indevido (“exfiltração de dados”), cometidos contra diversos sistemas informáticos do Estado Português e de empresas relevantes do sector privado”.
Há um ano, a polícia e o Ministério Público tinham desenvolvido uma operação semelhante que resultou na detenção do proprietário do TugaLeaks e outras cinco pessoas, acusados do mesmo tipo de crimes. Aliás, os ataques desencadeados a 25 de Abril foram noticiados pelo TugaLeaks no dia seguinte.
Leia o comunicado da PJ na íntegra:
“A Polícia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, encontra-se a desenvolver, na manhã de hoje, em vários locais do território nacional, uma operação de combate à criminalidade informática e tecnológica.
Esta ação ocorre na sequência de uma outra operação, levada a cabo em fevereiro de 2015, visando a autoria de ataques informáticos cometidos e reivindicados por indivíduos ligados à atividade ilícita conhecida como “hacktivismo”.
A ação policial consubstancia-se na realização de dezasseis buscas domiciliárias e na identificação e localização de suspeitos, os quais se encontrarão envolvidos na prática de crimes de sabotagem informática (“DDoS”), de dano informático (“defacing”), de acesso ilegítimo (“hacking”) e de acesso indevido (“exfiltração de dados”), cometidos contra diversos sistemas informáticos do Estado Português e de empresas relevantes do sector privado.
A Polícia Judiciária prossegue as investigações, tendente a acompanhar todos os casos concretos desta atividade criminal e a identificar os autores da sua prática, instigação, reivindicação ou apologia. ”
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