A versão infantil do YouTube tem sido acusada, por grupos de consumidores, por expor os menores a linguagem sexual e a referências a pedofilia, noticia o “Wall Street Journal”.
Algumas das organizações envolvidas nesta questão, como a Campanha para a Infância Livre de Publicidade e o Centro para a Democracia Digital, apresentaram uma queixa à Comissão Federal de Comércio (FTC, sigla em Inglês), nos Estados Unidos, apontando a ‘app’, supostamente feita para crianças, por conter linguagem sexual nos desenhos animados, piadas sobre pedofilia, abuso de drogas, atividades que utilizam materiais cortantes, experiências com ácidos, diálogos de adultos sobre violência familiar, pornografia e suicídio infantil.
Deste modo, que para dar mais consistência ao problema, as organizações decidiram publicar um vídeo no Vimeo intitulado “Será o YouTube Kids um lugar seguro para as crianças?”, com cerca de dois minutos, onde mostram várias das supostas irregularidades cometidas pela aplicação.
Um porta-voz da FTC, citado pelo “Wall Street Journal”, disse que a Comissão recebeu queixas de organizações e está a analisar a situação, mas não pode dizer se existe ou não uma investigação em curso, dado ser um assunto tratado pela Comissão como confidencial.
A Google, por sua vez, não disse se recebeu alguma notificação do FTC. “Os utilizadores podem “clicar” num qualquer vídeo e catalogá-lo como ‘impróprio’. A empresa analisa-o e decide se é necessário ou não excluir o vídeo “, disse ao mesmo jornal, um porta-voz da empresa.
O YouTube Kids já tinha sido previamente processado por exibição de conteúdo inadequado para o público a quem se dirige, crianças até 5 anos. Em abril, a Google, que é proprietária do YouTube, foi denunciada à FTC, por exibir anúncios e ‘unboxings’ que poderiam confundir as crianças, pelo facto das crianças não distinguirem entre o conteúdo para elas e a publicidade.
A versão infantil do YouTube saiu em fevereiro passado e a expectativa era enorme. Naquela data, a aplicação foi promovida como uma opção segura para crianças em idade pré-escolar, com conteúdo especialmente controlado por uma equipa da Google.
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