Está a decorrer, na área exterior do Museu do Chiado, no conhecido Jardim das Esculturas, às sextas-feiras, pelas 19h30, com entrada livre, um ciclo de concertos produzido e programado pela Filho Único. A intenção é a de apresentar e divulgar propostas na área da música, de cariz inovador.
O ciclo já começou em Julho, mas ainda vamos a tempo de apreciar as excelentes propostas que nos convidam ao final das tardes quentes de Lisboa.
Hoje sexta-feira, dia 7, temos oportunidade de ouvir Éme, o músico, autor de Gância, de 2012, e de Último Siso, com produção de B Fachada. Neste concerto apresenta-se acompanhado de Julia Reis (Pega Monstro) na bateria, Lourenço Crespo (Iguanas) nos teclados e Miguel Abras (Putas Bêbadas) no baixo.
Na semana seguinte, no dia 14 de Agosto, apresenta-se Lorenzo Senni, músico e produtor italiano. A sua música é uma aposta na desconstrução da cultura e estética rave dos anos 90, recontextualizando-a. Senni, além de gestor da editora Presto!? Records, também tem composto música para cinema e teatro, de onde destacamos a banda sonora para o premiado filme “Da Vinci”, de Yuri Ancarani, mostrado na 55ª Bienal de Veneza.
Já na segunda metade do mês de Agosto, temos sons de Cabo Verde, com Julinho da Concertina. Mornas, coladeiras e funaná que Julinho trouxe na sua bagagem quando, um ano antes da Revolução de Abril emigrou para Portugal. Depois de uma vida a tocar ao lado de músicos famoso, agora, sem deixar de se ocupar da sua horta urbana, na Falagueira (Amadora) onde reside, prepara-se para se fazer acompanhar de Nirr Paris na bateria e António Tavares no ferrinho e voz.
Para terminar o mês em grande, na última sexta-feira, dia 28, podemos ouvir David Maranha e Helena Espvall, violoncelista sueca, improvisadora altamente melódica, que escolheu viver em Lisboa, há cerca de dois anos. Tem vindo a desenvolver o seu trabalho com David Maranha, de onde resultou o álbum “Sombras Incendiadas”, pela editora suíça three:four records. David explora, através do som do órgão eléctrico e do violino amplificado, em proporções harmoniosas, o som continuo, o silêncio, o volume, o espaço, a acústica e a arquitectura sonora.
Com a chegada do mês de Setembro, no dia 4, temos o encerramento da mostra, com Bill Kouligas, músico, designer e DJ a operar entre Nova Iorque e Berlim. Durante muitos anos a produzir e a apresentar música experimental ao vivo, sob vários pseudónimos, irá agora apresentar uma nova etapa do seu trabalho, com um concerto de eletrónica manipulada ao vivo que virá a ser parte integrante do seu primeiro longa duração em nome próprio a ser lançado no Outono.
Crédito das imagens: MUSEU NACIONAL DE ATE CONTEMPORÂNEA DO CHIADO
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