A longa e algo bizarra novela em torno do futuro do TikTok nos Estados Unidos pode estar prestes a chegar ao fim. O antigo presidente Donald Trump anunciou que tem “pessoas muito ricas” prontas para adquirir a popular aplicação de vídeos curtos, uma declaração que pode finalmente resolver o impasse que se arrasta há bastante tempo.
Se tens acompanhado este tema, sabes que a aplicação de origem chinesa tem estado debaixo de fogo nos EUA, com acusações de que representa um risco para a segurança nacional. A solução imposta foi clara: ou a operação americana era vendida a uma entidade não chinesa, ou a aplicação seria banida do país. Agora, parece que uma venda está mais próxima do que nunca, o que pode mudar completamente o panorama das redes sociais.
O anúncio que pode ditar o futuro
A grande revelação foi feita por Donald Trump durante uma entrevista no programa “Sunday Morning Futures with Maria Bartiromo”, da Fox News. O antigo presidente afirmou ter um grupo de investidores abastados alinhado para a compra do TikTok. Para aumentar ainda mais a expectativa, Trump adiantou que a identidade destas pessoas poderá ser revelada dentro de aproximadamente duas semanas.
Este anúncio surge depois de um longo período de incerteza. O prazo para a venda ou proibição do TikTok já foi adiado por Trump por três vezes, com a extensão mais recente a ter acontecido a 19 de junho. Esta sucessão de adiamentos criou um clima de suspense, mas as suas recentes declarações sugerem que a história pode, finalmente, estar a chegar a uma conclusão.
Um historial de controvérsia e segurança nacional
Para entenderes o porquê de toda esta situação, é preciso recuar um pouco. O TikTok tem sido alvo de intenso escrutínio por parte das autoridades norte-americanas. As principais preocupações prendem-se com a segurança dos dados dos utilizadores e a possibilidade de a aplicação ser utilizada como uma ferramenta de propaganda pelo Partido Comunista Chinês.
Estas alegações dividiram opiniões. Por um lado, há uma corrente que defende firmemente que a aplicação representa uma ameaça real e que deve ser retirada de circulação permanentemente para proteger os interesses do país. Por outro, há quem desvalorize estas preocupações, argumentando que a ideia de que o TikTok pode ser usado para semear a discórdia civil é exagerada.
O debate sobre o impacto da aplicação
Além das questões geopolíticas, o próprio formato do TikTok gera debate. Muitos críticos apontam que a estrutura da aplicação, baseada em vídeos cada vez mais curtos, promove a diminuição da capacidade de atenção dos utilizadores. Adicionalmente, a existência de conteúdos considerados questionáveis na plataforma é outra das preocupações levantadas com frequência. No entanto, a ideia de uma proibição total também encontra resistência, com muitos a argumentar que banir uma plataforma de um país inteiro é uma medida drástica, mesmo que outros países, como a própria China, apliquem políticas semelhantes a aplicações ocidentais.
A grande questão que fica no ar é o que acontecerá ao TikTok sob nova direção. Se a venda se concretizar, assistiremos a uma transformação semelhante à que vimos no X (antigo Twitter) após a aquisição por Elon Musk? Ou a aplicação manterá a sua essência, levando os utilizadores a questionar a utilidade da mudança de donos? Tudo indica que estamos prestes a ter respostas.
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