O novo iPhone está a acumular elogios devido à fluidez que apresenta nas várias operações com o seu sistema operativo. Mas, ao contrário do que se possa aparecer, o iOS 6 é uma versão praticamente iterativa das últimas duas versões. É certo que existem sempre correcções de bugs que melhoram a performance mas o segredo da fluidez do iPhone 5 está no novo processador A6.
Desde o anúncio do novo iPhone 5, tem havido uma certa curiosidade por parte dos “media” em conhecer a arquitectura interna do A6 o novo SoC (Sytem-on-Chip). Caso não saiba este chip é o único componente incluído no iPhone 5 que é fabricado pela Samsung devido à Apple querer reduzir a sua dependência da empresa Sul-coreana. Apesar deste pormenor a arquitectura do A6 foi desenvolvida conceptualmente pelos engenheiros da Apple o que leva a que tenha diferenças interessantes quando comparado com os SoC incluídos em smartphones dos seus rivais.
Um esforço conjunto entre a UBM TechInsights e a Anandtech conseguiram recentemente desvendar o mistério relativo ao interior do A6. O resultado das suas conclusões está ilustrado na figura seguinte.
Segundo a fonte citada trata-se à semelhança do A5 de um SoC com a inclusão de dois módulos de processamento central (ARM dual-core). Até agora nada de especial, a surpresa existe sim quando se observa com mais atenção as unidades de processamento gráficas (GPU’s). O A6 inclui não dois, mas três cores utilizados exclusivamente para a renderização gráfica. Se as conclusões da Anandtech estiverem correctas trata-se em específico de cada um dos três cores corresponde ao modelo PowerVR SGX 543MP3. Mas as novidades não se ficam por aqui, a memória integrada do SoC também foi actualizada já que o A6 inclui dois barramentos de memória de 32 bits na norma LPDDR2.
A adição de mais um core na unidade gráfica, aumentos na velocidade de relógio dos cores de processamento e finalmente o aumento da largura de banda da memória são justificações suficientes para comprovar as alegações da Apple que este processador tinha uma performance duas vezes superiores ao A5.
Face a estes novos dados, não é difícil de perceber o porquê do iPhone 5 estar a pulverizar todas as benchmarks de performance. Talvez o mais curioso é o facto da nova gadget da Apple tirar mais partido do processamento gráfico que do processamento central. Esta arquitectura a ser adoptada pelos os seus rivais pode marcar uma mudança de rumo nesta indústria que tradicionalmente tem se concentrado mais no “upgrade” das unidades centrais.
Contudo, a performance não é tudo e a Apple que tem tido um registo praticamente imaculado no campo do software, cometeu um erro capital em lançar uma versão inacabada (ou pelo menos em estado alpha) do Mapas. A juntar a este aspecto os críticos salientam a falta de novidades de fundo no novo iOS, não sendo este mais que uma versão iterativa das versões anteriores.
Não duvidamos que o iPhone 5 nasceu para ser um sucesso de venda. Mas a performance será suficiente para convencer os utilizadores de smartphones a médio prazo, que estão cada vez mais exigentes, devido à oferta de qualidade que já existe nos smartphones Android?
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