O Robotarium encerrou portas em Alverca, nos arredores de Lisboa, devido a constantes actos de vandalismo. A instalação, da autoria do artista Leonel Moura, funcionava desde 2007 e era o primeiro zoo do mundo dedicado à vida artifical.
A estrutura em metal e vidro tem sido alvo de constantes actos de vandalismo e existem inclusivamente buracos de bala, o que levou a Câmara local a desativas a instalação para proteger os robots.
O Robotarium tinha uma coleção de 45 robots alimentados a energia solar que detetavam a presença de pessoas e reagiam. Ratos, tubarões, aranhas, crocodilos e uma flor gigante cohabitavam pacificamente no mesmo espaço e interagiam com os visitantes.
O artista plástico Leonel Moura – pai do Robotarium – considera os actos de vandalismo como um sinal dos tempos e espera que o único zoo de vida artifical do mundo possa vir a ser recolocado: “não deu certo naquele local, esperemos que resulte noutro”, cita o DN.
A câmara de Vila Franca de Xira afirma que “está já em construção um novo robotarium, de dimensões mais pequenas, para ser colocado noutro local da freguesia”.
Leonel Moura é um artista plástico que desde os anos 90 se dedica à arte inspirada na ciência e na biologia – a bioarte – tendo alcançado a fama com os seus robots pintores.
O artista explica assim o conceito na sua página:
“Para fortalecer a idéia de uma nova espécie dei um nome em latim para cada tipo de robot. Catorze espécies nasceram com um total de 45 indivíduos, denominados da seguinte forma: Acrorhinomorpho, Araneax, Bilurosequor, Bucinaderm, Cerahetero, Cursovigilo, Pendeopseudosaurus, Procedofrons, Protopedis, Reptumpacatus, Robotapondera, Superinflatus, Techmuris e Zoid.
Esta classificação foi baseada principalmente nas características morfológicas, que foram determinadas pelos padrões de locomoção e também por componentes internos. Embora muitos destes robots apresentem algumas semelhanças com animais existentes (por exemplo Araneax tem a forma de uma aranha, apesar de ter sete pés em vez de seis), a forma dos seus corpos resultou de um condicionamento adaptativo. Os modos de locomoção foram importantes, uma vez que estão associados a servomotores que exigem uma posição específica. E, claro, a colocação dos painéis fotovoltaicos no topo eram ainda mais cruciais.”
Via DN
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