E naquela tarde chuvosa, sentia-se aprisionada em seu próprio castelo. Contabilizava gostas de chuva quando o desejo de contar passos e sorrisos pelas ruas era chama que consumia lentamente o coração da Menina.
Respirou fundo.
Resmungou uns desaforos.
Reclamou da falta de sol nos seus dias.
Resignou-se [momentaneamente].
Aninhou o seu corpo debaixo das cobertas.
Aqueceu a alma.
Aquietou o peito.
Só por hoje, apreciaria as tantas gotas de chuva que lá fora caíam. Era feliz pela clausura imposta. Era feliz porque sabia que a liberdade é uma questão de tempo e não de temperatura.
CAssis, a Menina Digital
LEIA TAMBÉM:
- Tu que vens e me desassossega … ATA-TE A MIM!
- Carnavalizar, do verbo “ser feliz faça chuva ou faça sol”.
- A caminho do mar, flor branca e reza forte… Odoyá!
- Carta [de amor e saudade] transatlântica.
Comentários