Os italianos vão quebrar a tradição. O grupo Barrilla, uma das maiores empresas italianas do sector, está a trabalhar numa impressora 3D que consegue dar à tradicional mistura de sêmola de trigo e água, formas e texturas impossíveis de fazer com as maquinarias industriais. De momento trata-se apenas de um protótipo, mas, dentro de pouco tempo, esta impressora poderá tornar-se em mais um electrodoméstico das nossas cozinhas e dos restaurantes da especialidade.
“O projeto nasceu há três anos, quando começamos a colaborar com TNO, um centro holandês de investigação aplicada à indústria, que estava a conduzir estudos sobre como seria a cozinha do futuro”, explicou, ao jornal espanhol “El Pais”, Michela Petronio, vice-presidente do departamento de tecnologia e I+D de Barilla. “Temos desenvolvido uma máquina que permite moldar pasta com formas inéditas, fazer que cada uma delas possa ter um ingrediente diferente… Atualmente, os tempos de produção com as maquinarias industriais são muito lentos, daí que os dois objectivos são: tornar mais rápida a produção e a possibilidade de personalizar os alimentos”.
Uma das formas com que se podem atingir estes objectivos é através da impressora 3D. A impressora funciona graças a uma das tecnologias já em uso, conhecida como FDM, que consiste em sobrepor subtilíssimas capas de massa, seguindo o desenho enviado por computador.
https://youtu.be/4dWHLujJ0Ik
Para selecionar as formas de massa que podem ser produzidas na impressora, Barilla juntou-se à Thingarage, uma start-up de Roma, especializada em recolher fundos para projetos de desenho industrial. Desta união, foi organizado um concurso de desenhadores de todo o mundo, do qual receberam 216 propostas. Segundo a empresa, este número de propostas aponta para o facto de a comida 3 D ter futuro no mercado. Adianta a mesma fonte, que dentro de dois anos, este novo aparelho poderá estar à venda.
O futuro da impressão 3D revela-se cada vez mais promissor e são inúmeras as empresas e instituições que apostam nesta inovadora e versátil tecnologia. A Nasa, por exemplo, já investe na impressão 3D desde 2013, com o intuito de produzir alimentos para os astronautas.
Comentários