Uma antiga trabalhadora da Microsoft especializada em segurança, Katie Moussouris, está à frente de uma acção colectiva contra a empresa, sob a alegação de discriminação sexual. O processo foi apresentado no tribunal federal em Seattle, Washington, e divulgado pelo Business Insider.
Moussouris assegura que a Microsoft discrimina “de maneira sistemática e generalizada” as mulheres com trabalhos técnicos e de engenharia, em relação a salários, cargos, promoções, avaliações de desempenho e outras condições de trabalho. Segundo o processo, “as mulheres, engenheiras da Microsoft, ganham menos do que os seus colegas masculinos e são promovidas com menor frequência.”
Katherine Moussouris alega ter sido preterida em relação a promoções dadas a homens menos qualificados, adianta ainda que os seus supervisores teriam dito que não gostavam dos seus “modos ou estilo”.
No processo também é referido que um alto cargo da empresa foi investigado por assédio sexual, mas não foi punido, apesar de ser culpado, e que, simplesmente, foi transferido para outro posto, onde acabou por ser promovido. Moussouris disse ainda ter feito queixa e ter recebido represálias, incluindo terem-lhe cortado um montante do bónus que recebeu no final do ano. Quando se queixou aos seus superiores, como afirmou à mesma publicação, foi simplesmente ignorada.
Além disso, a ex-funcionária destacou na sua denúncia que, em 2012, perdeu uma oportunidade de promoção, quando estava em licença de maternidade e que, em vez disso, para o que deveria ser o seu cargo, foi destacado um homem com menos experiência que ela.
A Microsoft respondeu à reclamação legal de Moussouris dizendo: “Estamos comprometidos com uma força laboral diversificada e com um local de trabalho onde todos os funcionários tenham as mesmas oportunidades de sucesso. Vamos examinar cuidadosamente esta nova queixa.” Tanto Moussouris como os seus advogados esperam que mais mulheres – empregadas ou ex-empregadas da Microsoft- se unam à acção colectiva para dar mais peso às alegações.
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