A Adecco divulgou em comunicado novas conclusões do estudo Global Talent Competitiveness Index 2019 destacando a importância das ligações existentes entre os fenómenos de migração, a educação e formação e ainda a competitividade dos países.
De acordo com as conclusões deste estudo os principais fatores que contribuem para a competitividade de talentos entre os diversos países analisados estão intrinsecamente ligados a temas como a migração e a abertura dos países que lideram a outras culturas; a estabilidade fiscal; a formação e educação e a própria tecnologia.
A abertura dos mercados é um dos fatores chave para a competitividade dos talentos: os países que lideram o ranking de 2019 demonstram um elevado grau de abertura ao comércio, investimento, a novas ideias e tecnologias que geram por sua vez formas inteligentes de trabalhar e alterações na herarquização das empresas tornando-as efetivamente mais competitivas e como imanes de talentos, abraçando a globalização e, ao mesmo tempo, alavancando os recursos humanos.
Por um lado há que não esquecer que os países com estabilidade fiscal precisam de competitividade de talentos para o desenvolvimento sustentável: os países ricos em petróleo ou minerais, ou aqueles com vantagem competitiva específica ao contexto, devem promover a competitividade de talentos para garantir a prosperidade sustentável.
Por outro lado, o crescimento de talentos pode ser feito a nivel interno ou externo: alguns países como os EUA e a Suiça, têm feito um importante exercício no desenvolvimento de talentos dentro de suas próprias fronteiras, de valorização dos seus próprios colaboradores, enquanto outros, como a China, atraem talentos estrangeiros ou enviam as suas consideradas elites para o exterior para obter mais educação.
De acordo com os resultados do GTCI 2019, os países devem considerar a empregabilidade ou arriscar altos níveis de desemprego: o talento para o crescimento significa atender às necessidades reais de uma economia nacional. Singapura, Suiça e os países nórdicos adaptam os sistemas educacionais de forma a tornarem-se mais adequados às habilidades empregáveis.
Os sistemas educacionais precisam reconsiderar a aprendizagem tradicional: o desenvolvimento de talentos no século 21 deve ir além da educação formal tradicional e desenvolver habilidades vocacionais, e a inteligência emocional como fator critico.
A tecnologia está a mudar o significado do que hoje consideramos ‘habilidades empregáveis’: as mudanças tecnológicas, a cloud, a inteligência artificial e a capacidade crescente do “machine learning” levam já hoje à necessidade de desenvolvimento de novos segmentos do mercado de trabalho, impactando nos considerados rabalhos tradicionais que abrangem ainda milhões de trabalhadores.
Alain Dehaze, Chief Executive Officer, the Adecco Group destaca que “à medida que o mundo do trabalho muda, rapidamente, existe o perigo de que, se os países e as cidades não tiverem as condições adequadas para atrair talentos, as pessoas e as empresas afastar-se-ão e procurarão oportunidades em outros lugares. Os resultados do relatório GTCI deste ano são mais uma prova de como o talento empreendedor está a ser cada vez mais visto como uma forma de navegar com sucesso num mundo em constante fluxo. Nutrir é uma parte vital de criar o ambiente certo para o talento florescer e lançar as sementes para o sucesso no futuro.”
Comentários