A novela do iPhone dobrável continua a dar que falar, mas os capítulos mais recentes trazem uma reviravolta que ninguém esperava. Depois de um executivo da Samsung ter praticamente confirmado que a Apple está a preparar um smartphone dobrável ao estilo “livro” para 2026, uma nova e muito credível fuga de informação vem agora dizer-nos que, se o teu sonho é ter um iPhone que se dobra ao meio em formato “concha”, ao estilo do Galaxy Z Flip, vais ter de esperar (muito) mais tempo.
Segundo um reputado leaker sul-coreano, a Apple tem, de facto, vários projetos dobráveis na calha, mas a versão “Flip” só deverá chegar ao mercado em 2028. Se esta informação se confirmar, significa que a Apple está a dar à Samsung, a líder indiscutível deste formato, mais três longos anos de avanço para aperfeiçoar a sua fórmula, numa jogada que é tão surpreendente quanto arriscada.
A estratégia de três tempos da Apple para os dobráveis
A nova informação, vinda do leaker yeux1122 (uma fonte com um bom historial no que toca aos segredos da indústria coreana), detalha um plano de lançamentos ambicioso e faseado por parte da Apple para os próximos quatro anos, que vai muito além de um único dispositivo dobrável. Aparentemente, a empresa está a trabalhar em três conceitos radicalmente diferentes.
2026: O “iPhone Fold” para rivalizar com a Samsung
O primeiro a chegar, e aquele que parece estar mais próximo da realidade (especialmente após a “gafe” do presidente da Samsung Display), será um iPhone que se dobra como um livro, semelhante ao Galaxy Z Fold da Samsung. Os rumores apontam para um dispositivo com um ecrã interno de 8 polegadas, que, quando aberto, ofereceria uma experiência semelhante à de um iPad Mini. Este seria o primeiro ataque direto da Apple ao mercado dobrável, posicionando-se como um dispositivo premium focado na produtividade e no multitasking, e competindo diretamente com o futuro Galaxy Z Fold 8.
O futuro incerto: O iPhone “sem margens”
O segundo dispositivo mencionado na fuga de informação é talvez o mais misterioso e tecnologicamente ambicioso. Trata-se de um iPhone com um design totalmente sem margens, onde o ecrã OLED se curvaria nos quatro lados do dispositivo. Este não seria um smartphone dobrável no sentido tradicional, mas representaria um salto igualmente radical no design, eliminando por completo as molduras físicas. A data de lançamento para este conceito ainda é desconhecida, mas a sua simples existência mostra que a Apple está a explorar múltiplas vias para a próxima grande evolução do iPhone.
2028: O tão esperado iPhone “Flip”
Finalmente, e apenas em 2028, chegaria o dispositivo que muitos fãs mais desejam: um iPhone com um design em formato concha, semelhante ao Galaxy Z Flip. Os detalhes são ainda escassos, mas fala-se num ecrã interno dobrável com menos de 7 polegadas e num ecrã exterior para notificações.
A grande incógnita neste modelo é o tamanho desse ecrã exterior. Irá a Apple optar por um pequeno ecrã apenas para informações essenciais, como nos primeiros Z Flip, ou irá seguir a tendência atual da Samsung e oferecer um ecrã exterior de grandes dimensões, que permita usar o smartphone de forma mais completa mesmo quando fechado? Esta decisão de design terá um impacto enorme na usabilidade (e, provavelmente, na autonomia) do dispositivo.

Três anos de avanço: um presente envenenado para a Samsung?
A notícia de que o iPhone Flip só chegará em 2028 é, à primeira vista, um alívio gigantesco para a Samsung. Dá-lhe mais três anos de domínio quase absoluto no formato de smartphone dobrável mais popular do mercado. Significa que, quando a Apple finalmente lançar o seu rival, a Samsung já estará a preparar o seu hipotético Galaxy Z Flip 10, com quase uma década de experiência e refinamento acumulados.
Este tempo extra é uma oportunidade de ouro para a Samsung resolver os pontos fracos que ainda persistem na linha Z Flip:
- Melhorar a autonomia da bateria: Continua a ser o “calcanhar de Aquiles” destes dispositivos compactos.
- Elevar as câmaras: Aproximar a qualidade fotográfica da linha Z Flip à da sua linha principal Galaxy S.
- Eliminar (ou disfarçar ainda mais) o vinco: O derradeiro objetivo estético de qualquer smartphone dobrável.
No entanto, este avanço é também um presente envenenado. A pressão sobre a Samsung para inovar e justificar a sua liderança a cada nova geração será agora ainda maior. Qualquer sinal de estagnação será visto como uma oportunidade perdida antes da chegada do “rolo compressor” da Apple.
A dança dos ecrãs e o iPad que se dobra (ainda mais tarde)
Independentemente do formato, é quase certo que os painéis OLED dobráveis para estes futuros iPhones virão do sítio do costume: a Samsung Display. A empresa sul-coreana continua a ser a líder incontestada nesta tecnologia, e a Apple, apesar da rivalidade, continua a ser uma das suas maiores clientes.
Para além dos smartphones, os rumores indicam que a Apple continua a trabalhar num iPad dobrável de 18 polegadas. No entanto, este projeto, que já se esperava ser de longo prazo, terá sido adiado de 2028 para 2029, devido a desafios de design.
Tudo isto reforça a imagem de uma Apple que, embora atrasada na corrida dos dobráveis, está a abordar este novo formato com a sua habitual cautela metódica. A empresa prefere chegar tarde, mas (espera-se) com um produto polido e uma estratégia bem definida, do que apressar-se a lançar algo que não corresponda aos seus elevados padrões. Para os fãs do formato “Flip”, no entanto, esta cautela traduz-se numa espera que será, inevitavelmente, longa.
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