A Inspeção Geral das Atividades Culturais (IGAC) continua a sua feroz caça aos sites piratas em Portugal e recentemente enviou uma lista que contem 90 sites piratas a operar em Portugal para os operadores de telecomunicações Cabovisão, Meo, Nos e Vodafone para que os mesmos fossem bloqueados.
Segundo a IGAC a lista distribuída pelos operadores de telecomunicações contém apenas sites que têm como principal objectivo a partilha de conteúdos e links que permitam o acesso a vídeos, jogos, revistas e músicas piratas. Esta lista surge na aplicação prática de um memorando assinado no final do passado mês de Junho. O movimento foi promovido pela secretaria de Estado da Cultura, onde se juntaram a IGAC, representantes de operadores de telecomunicações, indústria do cinema e associações de combate à pirataria.
“Tudo isto que a Inspeção Geral das Atividades Culturais está a fazer não passa de show off, até porque sabem muito bem que, bloqueando ou não, as pessoas acedem aos sites na mesma. Os utilizadores simplesmente usam outros mecanismos (proxies, TOR, mudanças de DNS, outros sites de torrents) para acederem à informação que pretendem. O que faz com que se gere assim um jogo ‘do gato e do rato’, cujo único propósito será continuar a fingir que os rendeiros da cultura ainda prestam algum serviço, à sociedade ou à cultura”, disse André Rosa – fundador e secretário geral do Movimento Partido Pirata Português – ao Jornal de Notícias.
Segundo o assinado memorando de entendimentos, a empresas serão obrigadas a bloquear o acesso aos sites referidos na lista num prazo máximo de 15 dias após a notificação. A partir dessa data limite todos os sites referidos nesta lista ficarão inacessíveis através de qualquer acesso através de operadores de telecomunicações portugueses.
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